Se em janeiro de 2024 alguém me dissesse que eu estaria viciado em apostas online alguns meses depois, eu teria rido na cara da pessoa. Como consultor financeiro de 32 anos com MBA em gestão de riscos, sempre fui extremamente conservador com dinheiro — tanto o meu quanto o dos meus clientes. Mas o destino tem um senso de humor peculiar, e foi durante uma desastrosa viagem de trabalho a Fortaleza que o Zero Um Bet entrou na minha vida, transformando completamente uma experiência que tinha tudo para ser um pesadelo profissional.
Meu nome é Felipe, sou paulistano, trabalho em uma consultoria de médio porte especializada em reestruturação financeira para empresas em dificuldades. Em março de 2024, fui designado para um projeto em Fortaleza: uma rede local de farmácias com 12 unidades estava à beira da falência após uma gestão desastrosa, e nossa equipe tinha duas semanas para avaliar a situação e apresentar um plano de recuperação.
Viajei com dois colegas: Mariana, analista sênior de 29 anos com quem já havia trabalhado em outros projetos, e Gustavo, um estagiário recém-contratado de 23 anos que estava em sua primeira missão fora de São Paulo. Chegamos a Fortaleza numa segunda-feira ensolarada, instalamo-nos em um hotel na Praia de Iracema, e já na terça começamos o trabalho intenso com a equipe da rede de farmácias.
Os primeiros três dias foram extenuantes mas produtivos. Levantamos dados, entrevistamos gerentes, visitamos unidades e começamos a identificar os problemas centrais: controle de estoque caótico, precificação inconsistente e uma expansão demasiado agressiva nos últimos 18 meses. Tudo indicava que conseguiríamos entregar um plano sólido dentro do prazo.
Então, na sexta-feira, o caos se instalou. Durante uma reunião tensa com os três sócios da rede, apresentamos alguns dados preliminares que apontavam falhas graves na gestão do sócio majoritário, Edilson. O homem de 52 anos, visivelmente irritado, levantou-se da mesa de reunião, jogou uma pasta de documentos no chão e anunciou: “Esse trabalho acabou. Não vou pagar um centavo para um bando de paulistas me dizer como administrar meu negócio.”
Saímos do escritório central da rede de farmácias atordoados. Mariana imediatamente ligou para nosso diretor em São Paulo, que pediu que “segurássemos as pontas” enquanto ele tentava contato com os outros sócios para reverter a situação. “Fiquem aí, continuem trabalhando nos dados que já temos, e segunda-feira retomamos o contato”, foram suas instruções finais.
Isso significava um final de semana inteiro presos em Fortaleza, sem poder avançar efetivamente no projeto e com a perspectiva real de voltar para São Paulo de mãos vazias. Gustavo, o estagiário, estava visivelmente abalado: “Isso vai ficar no meu histórico profissional para sempre. Meu primeiro projeto e já um desastre completo.”
Voltamos ao hotel em silêncio. Durante o jantar no restaurante à beira da piscina, tentamos levantar o ânimo discutindo possíveis abordagens para segunda-feira, mas o clima era de evidente frustração. “Vamos ao menos tentar aproveitar o final de semana”, sugeriu Mariana. “A praia de Iracema é linda, podemos fazer um passeio até Jericoacoara no domingo…”
Concordamos sem muito entusiasmo. Eu, particularmente, só conseguia pensar no tempo que estava sendo desperdiçado e nos outros projetos acumulando em minha mesa em São Paulo.
Aquela noite, incapaz de dormir apesar do cansaço, desci ao bar do hotel por volta das 23h15. O local estava surpreendentemente movimentado para uma sexta-feira, com um grupo animado assistindo a um jogo de futebol da Copa do Nordeste na TV: Fortaleza x Sport Recife.
Sentei-me ao balcão e pedi uma cerveja. Ao meu lado estava um homem de aproximadamente 45 anos, vestindo uma camisa polo branca e shorts cáqui, concentrado em seu smartphone enquanto ocasionalmente olhava para o jogo na televisão.
“Você não parece estar apreciando muito sua estadia”, comentou ele de repente, notando minha expressão desanimada. “Trabalho ou coração partido?”
“Trabalho”, respondi, explicando brevemente a situação sem entrar em detalhes confidenciais. “E agora estou preso aqui até segunda, pelo menos.”
O homem se apresentou como Carlos, engenheiro civil cearense que trabalhava em grandes projetos de infraestrutura na região. “Também já tive projetos que descarrilaram no meio do caminho”, compartilhou, em um evidente esforço para me consolar. “Mas sempre há algo positivo a se tirar dessas situações.”
Conversamos sobre Fortaleza, São Paulo, nossas carreiras, e acabamos assistindo juntos ao final do jogo (Fortaleza venceu por 2×1). Foi quando notei que, mesmo durante nossa conversa, Carlos ocasionalmente voltava ao celular, onde uma interface colorida com símbolos de frutas e números piscava.
“Jogo online?”, perguntei, mais por educação do que por real interesse.
“Zero Um Bet“, respondeu ele, virando a tela para me mostrar. “Comecei há três meses e virou meu passatempo favorito para relaxar depois do trabalho. Olha só, acabei de ganhar R$18 com uma aposta de R$2.”
Observei o aplicativo com curiosidade. A interface era limpa e colorida, os gráficos pareciam de qualidade superior aos de outros sites de apostas que já havia visto em anúncios. “É confiável?”, perguntei, imediatamente recorrendo à minha mentalidade de consultor financeiro, sempre alerta para possíveis fraudes.
“Totalmente”, garantiu Carlos. “Já fiz três saques, todos caíram na minha conta em menos de 24 horas. É uma das plataformas mais sérias que já usei.”
Curiosamente, minha resistência inicial começou a ceder. Talvez fosse o estresse do dia, a segunda cerveja que já estava pela metade, ou simplesmente a ideia de ter algo para me distrair durante aquele final de semana perdido em Fortaleza. “Como funciona?”, ouvi-me perguntando.
Carlos pacientemente me mostrou como o Zero Um Bet funcionava. A plataforma oferecia desde caça-níqueis temáticos até jogos de mesa como roleta e blackjack, além de apostas esportivas. O cadastro era simples: informações básicas, um email verificado e opções de depósito que incluíam PIX – o que facilitava muito para usuários brasileiros.
“Comece com valores pequenos”, aconselhou Carlos. “Defina um limite e trate como entretenimento, não como investimento.”
Seguindo seu conselho, baixei o aplicativo e fiz um depósito inicial modesto de R$50 via PIX, que foi creditado instantaneamente. Carlos recomendou começar pelo Fortune Tiger, um caça-níqueis com temática asiática que, segundo ele, era um dos mais generosos para iniciantes.
Minha primeira experiência foi surpreendentemente positiva. Apostando apenas R$1 por rodada, consegui uma sequência de pequenas vitórias que aumentaram meu saldo para R$68 em cerca de meia hora. A satisfação que senti com esse pequeno sucesso foi desproporcional ao valor – era mais sobre a sensação de controle em meio ao caos profissional que enfrentava.
Quando finalmente voltei ao meu quarto, por volta da 1h20 da manhã, meu humor havia melhorado consideravelmente. Adormeci planejando como apresentaria o Zero Um Bet para Mariana e Gustavo no dia seguinte – talvez fosse exatamente a distração que todos precisávamos.
No café da manhã, relatei minha descoberta. Gustavo, sendo da geração Z e naturalmente mais inclinado a experimentações digitais, baixou o aplicativo imediatamente. Mariana mostrou-se mais cética: “Apostas online? Você, o senhor ‘diversificação de investimentos com baixo risco’?”
“É só um passatempo”, defendi-me. “E estamos presos aqui mesmo, sem poder avançar no projeto.”
Acabamos passando grande parte do sábado alternando entre a piscina do hotel e sessões de apostas no Zero Um Bet. Gustavo descobriu que tinha afinidade com o Aviator, um jogo onde um avião decola e o multiplicador aumenta até que você decida “sacar” ou o avião “exploda”. Mariana, após resistir inicialmente, rendeu-se ao Fortune Mouse e acabou sendo a mais bem-sucedida entre nós, transformando um depósito de R$40 em R$127 até o final da tarde.
“Isso é viciante demais”, comentou ela, enquanto comemorávamos seus ganhos com drinks na beira da piscina. “Entendo agora por que você passou a madrugada nisso.”
Na manhã de domingo, algo inusitado aconteceu. Enquanto jogávamos uma partida de buraco no deque da piscina (uma pausa nas apostas online que havíamos concordado em fazer), notei um homem observando nosso grupo com interesse. Após alguns minutos, ele se aproximou.
“Vocês são os consultores de São Paulo, certo?”
Era Rafael, um dos sócios minoritários da rede de farmácias – aquele que parecia mais receptivo às nossas análises iniciais antes da explosão de Edilson. Ele explicou que estava hospedado no mesmo hotel para um evento familiar e nos reconheceu do escritório.
“Edilson está impossível, mas eu e Maurício [o terceiro sócio] queremos muito ouvir o que vocês têm a dizer. Ele não pode simplesmente cancelar um trabalho que todos nós contratamos.”
Rafael propôs um encontro informal no restaurante do hotel, apenas para “trocar ideias” sem o conhecimento de Edilson. Concordamos imediatamente. Aquilo poderia salvar nosso projeto.
Enquanto nos preparávamos para a reunião improvisada, Mariana sugeriu algo inusitado: “E se usarmos o Zero Um Bet como exemplo para explicar o problema de gestão de risco deles?”
A ideia soou absurda inicialmente, mas quanto mais pensávamos, mais sentido fazia. O sistema de gestão de estoque caótico da rede era análogo a apostas impulsivas sem estratégia. A expansão agressiva sem capital adequado era como aumentar as apostas quando se está perdendo, na esperança de uma grande vitória que compensasse tudo.
Durante o almoço com Rafael e, posteriormente, com Maurício (que se juntou a nós na sobremesa), utilizamos essa analogia para explicar os problemas estruturais da empresa. “Vocês estão fazendo apostas empresariais da mesma forma que um jogador impulsivo aborda um cassino – sem estratégia, sem limites claros, reagindo emocionalmente às perdas”, expliquei, mostrando em meu celular a interface do Zero Um Bet e como a plataforma incentiva limites e jogo responsável.
A analogia funcionou surpreendentemente bem. Até o final do almoço, os dois sócios estavam convencidos a continuar com nosso trabalho, mesmo que inicialmente sem o envolvimento de Edilson. “Vamos fazer uma reunião amanhã cedo, só nós, e depois lidamos com Edilson”, garantiu Maurício.
Enquanto voltávamos para nossos quartos, não pudemos deixar de rir da ironia. “Usamos um app de apostas para ensinar gestão de riscos a empresários”, comentou Gustavo, incrédulo. “Meu professor de Finanças Corporativas teria um ataque.”
Para celebrar aquela virada inesperada, decidimos passar a noite apostando juntos no Zero Um Bet. Criamos nossas próprias regras: cada um faria um depósito de R$50, e quem conseguisse o maior retorno percentual até a meia-noite ganharia um jantar pago pelos outros dois quando voltássemos a São Paulo.
O lobby do hotel tinha uma área com sofás confortáveis e excelente Wi-Fi, então nos instalamos lá às 20h com drinks tropical e boas expectativas. O Fortune Tiger, que eu havia recomendado inicialmente, tornou-se rapidamente nosso jogo favorito coletivo – batizamos o tigre da tela de “Consultor Tigre” e, em um acesso de humor corporativo, começamos a atribuir características de consultoria a ele.
“Olha como ele analisa a situação antes de dar a patada final”, brincou Mariana quando o símbolo do tigre apareceu e multiplicou sua aposta em 4x.
“É um tigre com MBA em finanças”, completou Gustavo, que estava tendo menos sorte mas mantinha o bom humor.
Por volta das 22h30, quando já estávamos considerando encerrar a competição, tive o que só posso descrever como um golpe de sorte extraordinário. Com uma aposta de R$5 (já mais ousado do que meu padrão inicial), acertei uma combinação especial no Fortune Tiger que ativou uma rodada bônus. Quando os símbolos pararam de girar, minha aposta havia se transformado em R$178.
O grito que dei foi tão entusiasmado que um casal de idosos na recepção olhou em nossa direção, claramente assustado. Mariana e Gustavo imediatamente se aglomeraram em volta do meu celular, incrédulos.
“Isso não é possível”, disse Mariana, analisando a tela como se procurasse algum erro. “Logo você, o cara mais conservador da consultoria.”
“O universo tem um senso de humor peculiar”, respondi, ainda processando aquele pequeno milagre digital.
Aquela vitória não apenas me garantiu o jantar prometido, mas também sediou um novo apelido que me acompanharia pelo restante do projeto: “Tigre da Sorte”.
A reunião de segunda-feira com Rafael e Maurício foi um sucesso, e surpreendentemente, até Edilson acabou se juntando a nós após um telefonema convincente de seus sócios. Nosso trabalho foi retomado, e nas duas semanas seguintes, conseguimos desenvolver um plano de reestruturação que foi unanimemente aceito pelos três sócios.
Quando retornamos a São Paulo, levávamos não apenas um projeto bem-sucedido em nosso currículo, mas também uma nova perspectiva sobre risco e recompensa. O Zero Um Bet havia se tornado mais que um simples passatempo durante um final de semana frustrado em Fortaleza – era um lembrete constante de como às vezes precisamos abraçar certo nível de incerteza para avançar.
Criamos um grupo no WhatsApp chamado “Consultores do Tigre”, onde compartilhávamos nossas aventuras ocasionais no mundo das apostas online. Mantive meu hábito de jogar no Zero Um Bet, sempre com moderação, geralmente nas sextas-feiras após uma semana estressante de trabalho. Estabeleci regras rígidas: nunca mais que R$100 por mês, sempre encarando como entretenimento, nunca na expectativa de compensar perdas ou gerar renda extra.
Curiosamente, em abril, nossa diretoria anunciou a criação de um novo produto de consultoria focado especificamente em gestão de riscos para pequenas e médias empresas. Quando o diretor me chamou para liderar a iniciativa, não pude deixar de sorrir ao ver o nome interno do projeto: “Operação Tigre”.
“Por que esse nome?”, perguntei, fingindo inocência.
“Achei que combinava com a ideia de enfrentar riscos de frente, com estratégia”, respondeu ele. “Por quê? Não gostou?”
“Pelo contrário”, respondi. “Não poderia ser mais apropriado.”
Na semana passada, enquanto preparava uma apresentação para esse novo serviço, recebi uma notificação do Zero Um Bet: eles haviam lançado um novo jogo chamado “Risk Manager”, com temática corporativa. A coincidência era tão absurda que tive que compartilhar com Mariana e Gustavo.
“É o universo confirmando sua vocação”, brincou Gustavo pelo WhatsApp.
Mariana foi mais filosófica: “Sabe o que é mais irônico? Aquele final de semana que parecia um desastre total acabou sendo um divisor de águas na sua carreira.”
Ela estava certa. Enquanto fazía uma aposta rápida de R$2 no Fortune Tiger (ainda meu jogo favorito), refleti sobre como às vezes os maiores aprendizados surgem dos momentos mais inesperados. O Zero Um Bet havia me ensinado algo que anos de MBA não conseguiram: que entender o risco não significa evitá-lo completamente, mas sim abordá-lo com estratégia, consciência e, ocasionalmente, um pouco de fé no “tigre da sorte”.
Hoje, quando algum cliente mostra resistência às nossas recomendações por parecerem “arriscadas demais”, discretamente abro o Zero Um Bet em meu celular sob a mesa de reunião. Não para jogar, mas como um lembrete pessoal de que às vezes precisamos abraçar o desconforto do risco calculado para alcançar a recompensa que buscamos.
E quando o Fortune Tiger ocasionalmente me presenteia com uma pequena vitória inesperada, não posso deixar de pensar: não muito diferente de um projeto de consultoria bem-sucedido que começou com um desastre em Fortaleza.